* Pão Dom Quixote (tinta de lula, anchovas e nozes)


Pão Dom Quixote



    Rende de 7 a 9 pãezinhos

150 ml água
4 filezinhos de anchovas
2 colheres de chá de mel
8 g fermento biológico seco instantâneo
3 colheres de sopa de óleo de oliva extra-virgem
4 sachets de lula (4 g cada)
230 g de farinha 00 (mais farinha extra para sovar)
½ xícara de nozes picadas


1. Em uma panela misture a água, o óleo de oliva, as anchovas e o mel. Aqueça até a mistura ficar morna. Desligue. Acrescente o fermento de deixe parado em local aquecido por 10 minutos.
2. Em uma bacia, coloque a farinha e faça um buraco ao meio. Ao centro, coloque a tinta de lula. Derrame a água morna fermentada. Miture com uma espátua. Sove a massa por 15 minutos, até ficar bem elástica e sedosa.
3. Coloque a massa em uma bacia untada e deixe em local aquecido por 45 minutos, ou ate dobrar o volume.
4. Abra a massa em um colchão de 3 cm de altura. Distribua as nozes. Sove novamente. Divida a massa em 7 ou 8 esferas. Espalhe as esferas em uma forma de assar levemente untada. Deixe em local aquecido por mais 30 minutos. Pincele com óleo de oliva.
5. Leve ao forno a 190 graus por 20-25 minutos. Sirva-os ainda mornos ou reaquecidos.


Bom apetite.

(obs.: a farinha 00 é uma farinha italiana encontrada em Porto Alegre em lojas de produtos gastronômicos importados)

* Pollo Mole Poblano (frango ao molho de chocolate amargo e pimenta)



fotos: llunkes



Mole ("molho") é o nome genérico para um número de molhos originalmente utilizados na cozinha mexicana. Dentre eles, o mole poblano é o preparo mais emblemático. Misturando as heranças indígenas e europeia, o prato tornou-se o símbolo da mestiçagem mexicana. Três estados reivindicam a origem a iguaria: Puebla, Oaxaca e Tlaxcala. Os moles existem em várias versões, sendo o emprego dos chiles (pimentas) o fator comum entre eles. No entanto, o mole poblano é a versão mais representativa da engenhosidade desta cozinha. De coloração vermelho-escura ou, ainda, marrom-avermelhada, a iguaria é servida para acompanhar carnes, especialmente aves.

A ORIGEM DO MOLE POBLANO


Uma das muitas lendas sobre a origem do mole poblano tem seu lugar no Convento de Santa Rosa, em Puebla, no início do período colonial mexicano. Ao saber que um importante arcebispo estava prestes a visitá-las, as freiras do convento entraram em pânico, pois, encontrando-se em estado de extrema pobreza, pouco tinham para oferecer ao santíssimo senhor glutão. Coube às noviças, então, rezar. Enquanto isso, as mais velhas reuniram pequenos pedaços do que havia disponível: um punhado de chiles ressecados (pimentas), algumas especiarias, um pão amanhecido, um pouco de amêndoas e uva-passas mofadas e sobras de chocolate. Improvisaram um molho, às pressas. Sacrificaram o único e velho peru do quintal e o assaram. Serviram o bichano ungido com o molho.

O arcebispo, como podemos a essa altura imaginar, adorou a novidade. Quando perguntadas sobre o nome do prato, a madre, aliviada e novamente superiora, se adiantou e respondeu: "Fizemos um mole, Vossa Excelência Reverendísima." Mole era a palavra antiga para designar “mistureba”.
Pois cá entre nós, a vossa-excelência-reverendíssima tinha toda a razão: a "mole de las madres" é mesmo uma mistureba deliciosa. Ah, e a moral da história? Mmm... Que tal essa: "Não é nada mole ser peru único de um bando de freirinhas encurraladas e criativas."

 (obs,:) Este era um dos pratos favoritos que Frida Kahlo preparava para Diego Rivera.

PARA O MOLE POBLANO
(Rende 8 porções como entrada e 4 como prato principal)

Para a mistura de especiarias secas
¼ colher de chá de cravo da índia em pó
¼ colher de chá de cominho em pó
¼ colher de chá de gengibre em pó
¼ colher de chá de sementes de erva doce
½ colher de chá de orégano seco
½ colher de chá rasa de canela em pó
1 colher de chá de coentro em grãos (torrados e moídos na hora)

PARA OS DEMAIS INGREDIENTES
2 chiles  anchos secos
1 cebola roxa pequena, cortada em cubos
3 dentes de alho, picados
60 g de amêndoas, trituradas em farinha
1 colher de sopa de tahini
300 g de tomates italianos maduros (aproximadamente 2), concasée
Uma  folha e louro
1 colher de chá de tomilho fresco picado
40 g de ameixas pretas sem caroço
½ chile cipotle em conserva, amassada ate ficar um purê
sal marinho a gosto
Um copo (250 ml) da água que reidratou os chiles e as ameixas (ou mais, conforme necessário)
40 g de chocolate amargo, picado finamente (use um bom chocolate, não recomendo o Hershey)
Gotas de limão Taiti, se precisar para ajustar
Açúcar mascavo a gosto, se precisar para ajustar

1. Misture todas as especiarias secas e coloque em um recipiente Reserve. Ferva 400 ml de água e desligue. Mergulhe os chiles anchos e as ameixas pretas até ficarem macios, (30 minutos). (Certifique-se de que eles estejam completamente submersos ). Quando prontos, retire do liquido e pique em pedaços minúsculos. Reserve o liquido.
2. Em uma frigideira pequena e desligada, coloque o alho cortado e acrescente uma porção generosa de óleo de oliva. Frite até ficar translúcido mas sem cor. Junte a cebola. Salteie a cebola até ficar macia e translúcida. Adicione as especiarias secas e cozinhe, mexendo sempre, por cerca de 30 segundos, tomando cuidado para não deixá-las queimar.
3. Adicione os chiles anchos, as amêndoas, os tomates, as ameixas secas, o tomilho, as sementes de gergelim, o sal, o louro, a pimenta cipotle e a água dos chiles e deixe cozinhar em fogo médio até os tomates ficarem macios, por volta de 20 minutos. Acrescente mais a água, para evitar queimar. Quando pronto, desligue. Acrescente o chocolate picado e deixe parado por 5 minutos. Misture. Leve ao liquidificador e faça um puré homogêneo.
4. Ajuste a consistência com um pouco de água o fundo de frango, se necessário. Ajuste com sal, açúcar e suco de limão, se precisar. Reserve até a hora de servir.

PARA O FRANGO COM MOLE POBLANO
8 coxas de frango (com ou sem a pele – o chef explica)
1 cebola branca grande, cortada em cubos
3 ramos de tomilho
5 dentes de alho, sem a pele e esmagados
2 folhas de louro
200 ml de cerveja heineken
1 pau de canela
5 cravos da índia
1 colher de chá cheia de chili powder
1 colher de chá cheia de páprica doce

1. Tempere o frango com sal marinho. Em uma panela de fungo grosso, contendo óleo vegetal,  doure os pedaços. Depois de dourar, retire os pedaços de frango da panela. Retire o óleo que sobrou. Acrescente novo óleo e refogue a cebola, o alho, o tomilho, a canela, os cravos e o louro e cozinhe até a cebola ficar transparente. Acrescente a páprica e o chili powder e deixe cozinhar por mais 30 segundos. “Deglacie a panela com toda a cerveja.
2. Retorne com o frango à panela. Cubra e deixe cozinhar suavemente, até ficar macio. (entre 45e 60 minutos). Lembre de virar as coxas depois de 30 minutos para que a parte superior cozinhe no molho. Quando estiver pronto, desligue.

PARA A POLENTA MEXICANA
3 xícaras de água
3 colheres de sopa de manteiga
280 ml de masa harina (farinha de milho mexicana)
60 g de queijo tipo cottage
Sal marinho a gosto

1. Leve ao fogo a água e a manteiga até lavantar fervura.
2. Com o auxílio de um fuê, acrescente a masa harina aos poucos, e mexa até formar uma polenta mole, mas firme. Continue mexendo por mais 5 minutos. Desligue. Acrescente o sal e o queijo cottage e sirva imediatamente com os demais componentes.

SERVINDO O POLLO MOLE POBLANO
1. Aqueça levemente o molho. Retire a pele do frango, se você o cozinhou com a pele. 2. Reaqueça o frango no seu molho de cerveja.
3. Em um prato, coloque uma porçã de polenta no centro do prato. Sobre ela, arranje uma coxa de frango e derrame um pouco do molho da cerveja. Sobre a coxa, coloque o molho de chocolare. Enfeite com um galho de tomilho, se desejar. Sirva. 

* torta de maçã verde na calda de hibiscos, com creme de calvados

foto:llunkes












A ideia surgiu como uma alternativa às "manjadas" pêras ao vinho tinto. Bom apetite.



PARA O CREME DE CALVADOS

4 colheres de sopa de farinha de trigo
1 colher de sopa de amido de milho
3 gemas
3 colheres de açúcar
½ colher de chá de essência natural de amêndoas ou ½ fava de baunilha (opcional)
200 ml de creme de leite fresco
150 ml de leite integral
De 2 a 3 colheres de sopa de calvados (licor de maçã) ou de amaretto (licor de amêndoas)

procedimento

1. Bata as gemas, a essência de amêndoas e o açúcar. Acrescente a farinha e o amido de milho e misture bem. Inclua 100 ml do creme de leite e o leite integral. Bata até incorporar todos os ingredientes.
2. Leve ao fogo e cozinhe o creme, até encorpar. Não pare de mexer. Baixe o fogo ao mínimo e deixe por mais dez minutos, sempre mexendo. Desligue. Acrescente o licor. Misture bem e esfrie o creme imediatamente. Leve à geladeira por 4 horas.
3. Bata os restantes 100 ml do creme em ponto de chantilly. Misture o chantilly ao creme de calvados. Reserve.



PARA A CROSTA

230 g de manteiga, mole
¾ xícara de açúcar de confeiteiro
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de sal marinho
1 colher chá (rasa) de suco de limão
um ovo batido


procedimento

1. Em uma batedeira, misture a manteiga, o limão, o sal e o açúcar e bata até ficar pálido e aerado.
2. Incorpore a farinha de trigo e misture até ficar “flocoso”. Não trabalhe demais a massa. Junte toda a massa em um disco achatado, cubra e leve à geladeira por 4 horas.
3. Unte uma forma de “torta-pie” (25 cm de diâmetro de fundo removível) com manteiga. Abra a massa e arranje-a na forma. Retire o excesso de massa que ultrapassam as laterais da forma. Perfure a base da massa com um garfo. Cubra a massa com papel manteiga. Sobre o papel manteiga, coloque feijões secos (o peso dos feijões evitará que a massa crie bolhas de ar durante o cozimento). Leve ao forno à 200 graus centígrados e asse até dourar.
4. Retire a massa do forno. Remova o papel e os feijões. Pincele a base da massa com o ovo batido. Leve ao forno para mais 5 minutos.  Retire e deixe esfriar completamente.



PARA AS MAÇÃS

500 ml de vinho sauvignon Blanc ou pinot grigio
500 ml de água
6 pimentas do reino inteiras
2 fatias finas de gengibre
½ xícara de açúcar branco
Suco de ½ limão
3 sachês de chá de hibiscus
De 4 a 6 maças verdes, com as cascas

procedimento

1. Misture o vinho, a água, as pimentas, o gengibre, o açúcar e o suco de limão. Leve ao fogo alto e cozinhe até o açúcar incorporar. Inclua os saches de hibiscus.
2. Retire a parte central das maças. Corte cada maça ao meio, no sentido longitudinal (de cima para baixo) de modo a obter duas metades. Com o auxilio de um cortador de vegetais (mandolin), corte cada metade em fatias bem finas. Cozinhe as fatias na calda de hibiscus por 2 minutos. Desligue e remova imediatamente as fatias para uma travessa. Espalhe-as para esfriar rapidamente.


MONTANDO A TORTA

1. Preencha a crosta com o creme de calvados.
2.Enrole cada fatia, uma a uma, de maneira a obter uma rosa pequena com cada uma delas. Disponha cada peça, lado a lado, sobre o creme de calvados de modo a preencher toda a crosta. Com o auxilio de um pincel de cozinha, "envernize" o topo da torta com a calda de hibiscus. 
3.Leve a torta à geladeira por algumas horas. Sirva.





* receita: Polvo Grelhado














foto: Letícia Remião



Polvo Grelhado com Tapenade de Alho Negro, Choriço, Tomates e Batatas Assadas

Essa receita foi criada para a revista Estilo Záffari, edição de dezembro de 2014.

(para 4 pessoas)

Para o polvo
400 g de tentáculos de polvo congelado
1 rolha de cortiça, partida em 3 moedas
1 colher de chá rasa de orégano seco
6 dentes de alho, esmagados
1 cebola roxa grande
1 folha de louro
Vinagre de jerez ou outro
Óleo de oliva extra-virgem
Salsinha picada
Sal marinho
Pimenta preta

1. Descongele e lave os tentáculos do polvo. Coloque-os em uma panela sem líquido. Tampe e leve ao fogo alto por 10 minutos. Retire a tampa e verifique o líquido que formou. Complete com água o suficiente para cobrir a maior parte dos tentáculos. Deixe levantar fervura e baixe o fogo ao mínimo.
2. Acrescente a rolha, dois dentes de alho, meia cebola roxa cortada em pedaços, uma colher de chá de vinagre e o louro. Cubra e deixe cozinhar por uma hora ou até ficar macio. Desligue. Deixe esfriar no líquido. Retire parte da pele dos tentáculos, se assim o desejar.
3. Marinando: Seque os tentáculos. Descarte o líquido do cozimento. Em um recipiente, misture o polvo com os 4 dentes de alho restantes, a outra metade da cebola (cortada em tiras), os talos da salsinha, gotas de vinagre, e óleo de oliva. Cubra e leve à geladeira por 24 ou 48 horas.

Para o tapenade de alho negro e anchovas
2 cabeças de alho negro, sem as peles
2 ou 3 filezinhos de anchovas
4 colheres de sopa de óleo de oliva extra-virgem

Esmague os dentes de alho negro com as de anchovas até formar uma pasta.. Acrescente o óleo de oliva e continue triturando até incorporar. Finalize com algumas gotas de vinagre e pimenta preta. Reserve.

Para os tomates
1 bandejas de mini tomates coloridos (perinha e uva), cortados ao meio
4 dentes de alho, laminados
3 colheres de sopa de sementes de mostarda (secas)
Alguns ramos de tomilho, picados
Molho pequeno de cebolinhas verdes, somente a parte branca dos talos, fatiados
óleo de oliva extra-virgem
sal marinho
pitada de açúcar

Misture todos os ingredientes, coloque em uma forma levemente untada e leve ao grill com temperatura máxima para chamuscar levemente. Retire e reserve.

para as batatas
12 batatinhas pequenas com as cascas, lavadas
Folha de louro
Sal grosso para churrasco
Óleo de oliva
2 dentes de alho esmagados
a parte verde-clara das cebolinhas verdes, fatiadas

Cozinhe as batatas em água temperada com o sal grosso e a folha de louro, até amaciarem. Escorra e deixe esfriar. Tempere com o óleo de oliva, o alho e as cebolinhas verdes e mais um pouco de sal grosso. Deixe mariando por algum tempo.

Para acompanhar
200 g de chorizo espanhol, cortado em 4 bastões
Flores de agrião
Algumas favas cozidas
Óleo de oliva extra-virgem
Vinagre de jerez
Paprica doce
Pimenta do reino preta

Finalizando: Reaqueça os tomates no forno, rapidamente. Salgue o polvo com sal marinho e leve-os, juntamente com as batatas e o chorizo, à grelha do forno ou da churrasqueira. Deixe-os tostar levemente. Coloque-os em uma bacia e misture a metade da tapenade, pimenta preta, gotas de vinagre e um pouco de páprica. Arranje, em cada prato, todos os componentes. Sobre eles, disponha o polvo. Distribua o restante da tapenade ao redor e regue com óleo de oliva. Sriva imediatamente.




guirlanda com creme de pistaches, mirtilos e flores cristalizadas

foto: Letícia Remião
















Guirlanda com Creme de Pistaches, Mirtilos e Flores Cristalizadas

Receita criada para a Revista Estilo Záffari de dezembro de 2014.

(para 4 guirlandas)

para a guirlanda
150 ml de água
50 g de manteiga sem sal
65 g de farinha de trigo, peneirada
2 ovos, levemente batidos
Gotas de essência de baunilha
1 colher de sopa de amêndoas fatiadas

1. Ferva a água e manteiga. Retire a panela do fogo e acrescente a farinha em uma única adição. Mexa bem até uma bola se formar. Retorne ao fogo por mais 3 minutos, e mexa bem até a massa ficar elástica e brilhosa. Transfira a massa para uma vasilha.
2. Deixe esfriar levemente. Bata os ovos com a baunilha. Acrescente 1/3 do volume dos ovos à massa e bata vigorosamente até incorporar bem. Repita a operação por mais duas vezes com o restante dos ovos. Bata bem.
3. Transfira a massa para um saco de confeiteiro com um bico de 1,2 cm de diâmetro. Em um tabuleiro ou forma antiaderente, faça 4 círculos de 8-10cm de diâmetro cada com a massa. Pincele com o ovo batido e polvilhe com as amêndoas. Leve ao forno à temperatura de 220 graus por 10 minutos iniciais. Abaixe a temperatura para 150 graus e deixe as guirlandas por mais 30 minutos. Retire do forno. Deixe esfriar. Corte-as ao meio longitudinalmente. Leve novamente ao forno para secar a parte interna. Retire e reserve.

Para o recheio
2 gemas de ovos
40 g de açúcar
25 g de farinha de trigo
Pitada de sal
80ml de leite integral + 80ml de creme de leite fresco
½ colher de chá de baunilha
25 g de pasta de pistaches (delipaste)
2 colheres de sopa de manteiga
80 ml de creme de leite batido em chantili com 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro

1. Bata as gemas e o açúcar até a cor ficar pálida. Acrescente a farinha e misture.
2. Ferva o leite com o sal, a pasta de pistaches e a baunilha. Acrescente o leite quente em um fio aos ovos, sempre mexendo. Retorne o conteúdo ao fogo médio e deixe cozinhar até o creme se formar, sempre mexendo. Desligue.
3. Acrescente a manteiga enquanto ainda morno e misture até esta incorporar. Deixe esfriar bem. Incorpore o chantili. Leve à geladeira até a hora de servir.

Para as flores cristalizadas
Micro flores comestíveis (rosas, borrago, amor-perfeito)
2 claras levemente batidas com 1 colher de sopa de água de rosas e gotas de baunilha
200 g de açúcar super fino misturadas com colher de sopa de gengibre em pó

1. Mergulhe uma das flores na mistura de clara e água de rosas. Retire-a e, sacudindo levemente, extraia o excesso de clara que se formou na pétalas.
2. Cuidadosamente, polvilhe com o açúcar e deposite a flor em um prato raso. Repita a operação com as demais flroes. Leva o prato à geladeira, descoberto, para secar por 24 horas. Mantenha as flores na geladeria até a hora de servir.

Para enfeitar
Mirtilos e flores cristalizadas
Missangas prateadas
Chantillly bem consistente
Açúcar de confeiteiro

Para finalizar
1. Coloque a metade da guirlanda ao centro de cada prato. Com o auxílio do saco de confeiteiro, preenha a cavidade da base de cada guirlanda com o creme de pistaches. Sobre o creme, distribua alguns mirtilos. Coloque a outra metade superior da guirlanda sobre os mirtilos. Polvilhe com açúcar de confeiteiro.
2. Sobre a guirlanda arranje as flores, os mirtilos, as missangas e o chantili. Sirva.

* Receita: Mexilhões ao Molho de Açafrão, Alho e Pancetta




(fotos: llunkes)



Canivete em punho, bermudas arregaçadas, balde, chinelos e camisa depositados sobre as rochas. Feito abutres famintos, sol, mar, pedra e maresia disputam entre si o corpo desprotegido do catador. É Homem e Natureza, frente a frente, no embate mais primal e original.

Ir ao mar em busca do próprio alimento - uma experiência genuína, 
arriscada e feliz! 
Bom retorno das férias a todos. 




Receita: Mexilhões ao Molho de Açafrão, Alho e Pancetta

(para 4 pessoas)


uma boa pitada de açafrão  (estigmas)
2 colheres de sopa de óleo de oliva extra virgem
4 dentes grandes de alho, laminados
Pitada de pimenta calabresa
50 gramas de pancetta (ou bacon ou linguiça), cortada em cubos
Colher de chá de cúrcuma
Colher de chá (rasa) de páprica doce
½ xícara de vinho branco seco
4 punhados de mexilhões limpos e frescos
Punhado de uma erva de sua escolha (manjericão, coentro ou salsa)
Meia cebola roxa, cortada em cubos pequenos
1 tomate italiano, sem pele e sem sementes, cortado em cubos pequenos






PREPARO

1.      Coloque o açafrão em 150 ml de água morna.
2.      Em uma wok, coloque o óleo, o alho e a pimenta calabresa. Leve ao fogo e deixe fritar até o alho ficar transparente, sem coloração.
3.      Acrescente a linguiça, a cúrcuma e a páprica. Deixe fritar por mais alguns segundos. Inclua o vinho e deixe-o reduzir um pouco. Inclua o açafrão e sua água.
4.      Quando ferver, inclua os mexilhões. Cubra a wok com uma tampa e deixe cozinhar por aproximadamente 10 minutos, até as conchas se abrirem por completo. Desligue e inclua a erva, a cebola roxa e o tomate. Por medida de precaução, descarte as conchas que porventura não abriram.
5.      Se desejar, sirva os mexilhões com aipim frito, crocante por fora, macio por dentro. Uma delícia. Ah, não esqueça de mergulhar o aipim no molho antes de levá-lo à boca. 


***
mais fotos da viagem aqui

***


* Estilo Zaffari, Natal 2015



Já saiu a edição de natal da revista Estilo Zaffari. Confira as receitas do chefinho. (capa: Guirlanda Natalina com Creme de Pistaches e Mirtilos)










foto: Letícia Remião

* Bahia que não me sai do pensamento, ai, ai !








fotos: llunkes




Uma gastronomia excitante só poderia existir em uma cultura igualmente excitante !!

Terra da diversidade cultural, a Bahia é um tabuleiro de crenças, mitos e ritos: Bahia dos orixás, Bahia dos babalorixás, Bahia de todos os santos.  Berço de um povo alegre, fervoroso e mestiço, a Bahia abriga uma cultura caleidoscópica, que se revela na riqueza colorida de seu folclore, na ginga de sua música contagiante, nas pirotecnias de suas danças acrobáticas. O imaginário baiano, inesgotável e criativo, corporificou-se, também, em uma das gastronomias étnicas mais interessantes do globo. Afinal, a Bahia é a grande cozinha para onde os deuses decidiram ‘baixar’ e saciar seus apetites vorazes e exigentes. Vai aí, então, um grande axé prá Bahia!








releitura: CALDO DE ACARAJÉ


Este é um prato baianasso, porém repaginado para o frio gaúcho, que está nos assombrando aí fora, afinal de contas, nada melhor do que chegar à noite com um caldinho quente esperando pela gente, não é mesmo? Bom apetite.

(para 4 pessoas)

2 xícaras de feijão fradinho, deixado de molho por um dia para inchar e com a pele removida
2 xícaras de fundo de frango
Óleo vegetal
Sal marinho
4 dentes de alho laminados
2 colheres de chá de gengibre picado
2 colheres de chá de camarão seco triturado
1 cebola grande, picada em cubos pequenos
2 tomates italianos, sem pele e sem sementes, cortado em cubos pequenos
Punhado de coentro e salsinha, picados
250 g de camarão descascado
Pimenta malagueta
Gostas de limão
2 colheres de sopa de amendoim ou castanha de caju, triturados
Óleo de dendê para finalizar

PREPARO

1.Coloque o feijão descascado no liquidificador e uma xícara de fundo de frango. Bata bem e vá acrescentando mais fundo de frango até atingir a consistência de uma sopa-creme. Reserve.
2. Em uma panela com óleo vegetal, frite ao alho até ficar fragrante e transparente. Acrescente a cebola, o gengibre e o camarão triturado e frite por mais algum tempo evitando que o alho doure.
3. Inclua o feijão batido e deixe levantar fervura.
4. Em uma frigideira, salteie os camarões rapidamente. Inclua os tomates e salteie por mais um minuto. Tempere e desligue. Transfira o conteúdo para o creme de feijão. Acrescente o coentro picado, as gostas de limão e apimenta malagueta.

5. Distribua o caldo de acarajé para 4 cumbucas. Polvilhe com o amendoim triturado e regue cada prato com um fio dendê. Sirva. 

* memória repaginada

O dia quente, a chuva fria, o velho e solitário butiazeiro a alguns metros da casa. A gurizada, lanhada e entretida, quebra coquinhos com cascalhos do chão.

Ranhuras disfarçadas, tosses reprimidas e febrícolas acobertadas na manhã seguinte. Gemadas maternas restauram os desobedientes aventureirinhos de quintal.

Imagens opacas de uma infância pacata, 
interiorana e até feliz. 


foto: llunkes




Finger Food : Cheesecake de Copinho com Gemada de Butiá e Telhas de Coquinho

(rende 16 copinhos)


Para as telhas de coquinho

30 g de coquinho de butiá (moído fino) ou coco ralado seco
1 colher de sopa de farinha de trigo
30 g de manteiga derretida, temperatura ambiente
50 g de açúcar de confeiteiro
1 clara de ovo
Pitada de sal
Coco ralado para polvilhar


1. Misture bem a manteiga, a farinha e o açúcar. Acrescente a pitada de sal e a clara e bata bem. Acrescente o coco ralado, misture e leve à geladeira por 30 minutos.
2. Coloque uma colher de chá da mistura sobre uma assadeira forrada com papel manteiga untado ou em uma assadeira antiaderente. Esparrame a massa com uma espátula de forma a obter um círculo da espessura de um papel grosso. Polvilhe a massa esparramada com um pouco de coco ralado. Faça outras 4 ou 5 telhas, repetindo a operação
3. Leve ao fogo a 180 graus até dourar. Retire do forno. Deixe esfriar. Retira as telhas da forma, com cuidado. Com o auxílio de uma faca afiada, corte em tiras largas. Reserve.


Para o Cheesecake de Copinho

400 g de cream cheese, à temperatura ambiente
½ colher de chá de essência natural de baunilha
¼ colher de chá de essência natural de amêndoas
4 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro

Misture todos os ingredientes até incorporá-los bem e a mistura ficar cremosa. Reserve.

*

Para a Gemada de Butiá

100 ml de polpa de butiá
4 gemas de ovo
4 colheres de sopa de açúcar fino
16 mirtilos, lavados e secos

1. Em uma bacia de inox, misture a polpa do butiá, as gemas e o açúcar. Leve uma panela com 100 ml de água ao fogo e deixe levantar fervura. Encaixe a bacia na boca da panela. Não permita que a água toque a bacia (ver o vídeo). Bata as gemas constantemente até um creme leve se formar.
2. Remova a bacia imediatamente do vapor e continue batendo até esfriar.

*

Ao servir:

Coloque uma colher de chá de cheesecake em cada copinho. Sobre ele, coloque outra colher de gemada. Sobre a gemada, deposite um mirtilo e a telha de coco. Sirva.

***


* O-Pato-em-viagem: Ouro Preto e Mariana











fotos: llunkes

(outras fotos da viagem aqui)


Minas é tudodibom. Para homenagear essa cultura bacanassa, vai aí uma releitura de um de seus pratos mais típicos: o frango com quiabo. Bom proveito.


receita


Quix-Uai: Quiche Rústica de Frango, Quiabo, Cebola Caramelada e Queijo Serra da Canastra



para a crosta (para forma de 22cm diâmetro)

200g de farinha de trigo, peneirada
2 colheres de sopa de farinha de milho grossa
100g de manteiga gelada, cortada em cubos pequenos
sal marinho
1 ovo batido com 2 colheres de chá de água fria e 1 colher de chá de vinagre de vinho branco 


1. Em um multiprocessador de alimentos, junte as farinhas e o sal. Dê três pulsos com o motor para misturar as farinhas. Acrescente os cubos de manteiga gelada e dê mais alguns pulsos até a mistura adquirir a consistência de uma areia grossa. Com o motor rodando, acrescente a mistura do ovo batido e rode o motor por mais alguns segundos, até a mistura começar a se juntar. Desligue. Com o auxílio das mãos, junte a  massa e forme uma bola achatada. Cubra e leve à geladeira por 1 hora. 
2. Abra a massa e coloque-a em uma forma untada com manteiga. Cubra a massa com papel manteiga. Coloque uma xícara de feijões secos sobre o papel de forma a estabilizar a massa e evitar que ela infle durante pré-cozimento. Leve ao forno à 190 graus centígrados por aproximadamente 13-15 minutos. Retire a crosta do forno e deixe esfriar. Descarte os feijões e o papel.


para o recheio

200g de filezinho de frango
100 g de bacon picado
4 dentes de alho, descascados e laminados
2 cebolas grandes, cortadas em fatias
2 ovos
2 gemas
0,5 xícaras de creme de leite fresco
0,75 xícaras de leite integral
sal marinho a gosto
Pimenta preta moída a gosto
1 xícara de queijo serra da canastra, ralado
15 quiabos pequenos e tenros, cortados em rodelas
Óleo de oliva
Pimenta do reino e noz moscada moídas


1. Em uma panela, frite as cebolas até dourarem. Reserve.
2. Em outra panela, junte o frango, o bacon e o alho picado com um pouco de óleo de oliva. Tempere com sal e pimenta do reino.. Tampe a panela e leve ao fogo. Deixe fritar até o frango ficar macio e dourado.  Acrescente um pouco de água, se necessário. Depois de pronto, deixe esfriar. Desfie. Reserve.
3. Bata o creme de leite e o leite com os ovos, as gemas, o sal, a pimenta do reino e a noz moscada. Misture bem. Reserve.
4. Distribua no fundo da crosta o frango desfiado, a cebola caramelada, os quiabos, e o queijo. Sobre eles, despeje a mistura de creme e ovos, distribuindo-a bem sobre toda a superfície da quiche. Leve ao forno até dourar. 

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